segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Vingança do "Jegão' - Autor de assassinato no bairro dos Pintos confessa crime

Marcelo Gonçalves Ferreira,
'Jegão' confessou ter assassinado
o trabalhador rural
Foto: Bom Dia Piedade
Após trabalho em conjunto realizado pelas Polícias Civil e Militar, um homem de 30 anos de idade, que reside em Votorantim, e que era procurado pela justiça pernambucana por tráfico de drogas, confessou ter matado o trabalhador rural Rodrigo José Pereira, 33 anos, com um tiro na cabeça. O crime aconteceu na madrugada de 5 de setembro, no bairro dos Pintos. Assassino pode pegar até 30 anos de cadeia.

De acordo com informações obtidas junto à Polícia Civil de Piedade, Marcelo Gonçalves Ferreira, 30 anos, conhecido como 'Jegão', natural do município de São José do Egito, Pernambuco, foi reconhecido por testemunhas como o autor do disparo a queima roupa que matou Rodrigo. O assassinato se deu por volta das 4 horas da manhã do sábado (5/9) no início da estrada municipal Giacomo Bassi, quando após uma rápida discussão o trabalhador rural foi atingido no olho esquerdo pelo tiro fatal. O corpo ficou caído sobre a lombada da vicinal que liga o bairro dos Pintos à Vila Élvio. 

Os trabalhos de investigação começaram imediatamente. Com a troca de informações entre o serviço de inteligência do 40º BPMI (Batalhão de Polícia Militar do Interior), com sede em Votorantim, e os investigadores da Delegacia de Piedade, as evidências da autoria do homicídio apontavam para um homem que residia na Vila Garcia em Votorantim e que frequentemente era visto em alguns bairros rurais de Piedade. 

O suspeito era considerado foragido em seu estado natal, acusado de tráfico de entorpecentes. No 1º de outubro, menos de um mês após o homicídio ocorrido no bairro dos Pintos, Marcelo 'Jegão' foi preso pela Polícia Militar de Votorantim, após trabalho do serviço de inteligência da corporação local, em cumprimento a mandado de prisão expedido pela justiça de Pernambuco.

Na ocasião o foragido capturado foi encaminhado para o CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Porto Feliz, onde cumpria pena em regime semi-aberto. Nesta segunda-feira (30), os Policiais Civis de Piedade trouxeram Marcelo 'Jegão' para a Delegacia de Polícia local, onde testemunhas o reconheceram como o autor do assassinato de Rodrigo José Pereira, 33 anos.

Soldado Custódio da Polícia Militar preserva o local 
do crime para perícia. Ao fundo familiares da vítima
Foto Arquivo "BLOG BOM DIA PIEDADE"
Briga por causa de som alto teria motivado o assassinato - Após ser reconhecido, 'Jegão' confessou ter matado o trabalhador rural Rodrigo José Pereira. Segundo declarou à Polícia Civil de Piedade, uma semana antes do homicídio ele se envolveu em uma briga com vários homens na Vila Moraes. O desentendimento começou porque o criminoso estava com som de seu carro em altíssimo volume e moradores locais mandaram-no diminuir o barulho, ao que o pernambucano não obedeceu e disse ter sido espancado pelo grupo. Um dos agressores seria Rodrigo.

Foi então que, passados sete dias, naquele sábado, 5 de setembro, 'Jegão' retornou ao local e após breve discussão com o trabalhador rural, disparou um tiro no olho esquerdo da vítima, momento em que foi a óbito e ficou com o corpo estirado sobre a lombada da estrada municipal. A vítima residia a menos de 500 metros do local do crime.

Diante da comprovação da autoria do homicídio, Por solicitação do Delegado Dr. Oscar Garcia Machado Júnior, o Dr. Cássio Mahuad, Juiz da 1 ª Vara Criminal de Piedade, determinou a prisão da prisão temporária de 30 dias de Marcelo Gonçalves Ferreira, o qual foi transferido para a Cadeia de São Roque e depois seria enviado a outra unidade prisional. Findo o prazo da temporária a autoridade policial local deverá requerer a prisão preventiva do réu.

Segundo Dr. Oscar Garcia Machado Júnior Marcelo 'Jegão' responderá por homicídio qualificado. Artigo 121 do Código Penal Brasileiro, incisos II e IV; Motivo fútil e utilização de recurso que dificulte ou torne impossível a reação da vítima; pena prevista de 12 a 30 anos de reclusão.