Namoro de bem antigamente onde só se podia namorar na frente dos pais.
E em determinada hora o pigarrear do pai avisava que o namoro já estava adiado para o outro dia.
Mas o amor era maior!
O namoro foi cinco longos anos mas as juras eram eternas.
Tinham que preparar o futuro.
Mas chegou a hora e então se casaram.
A igreja estava linda e ela entrou sabendo que ele era o amor de sua vida!
Ele só tinha olhos para ela e seus olhos brilhavam tanto quanto a primeira vez que a conheceu.
Foram anos e anos de companheirismo e amor.
Formaram uma família linda e muito unida e os dois eram o casal mais apaixonados do mundo!
Mas a idade foi chegando e algumas complicações também.
Ele começou a esquecer das coisas. ..das pessoas. ...dos momentos. ..dela.
E ela ficou atônica
Ela não queria acreditar!
Ele começava a ficar mais doente. ...doente.
Um dia ele acordou e perguntou para ela :
_Vamos para o jardim?
Está um lindo dia lá fora!
Ela pegou em sua mão. ...amparou o. ...olhou para ele e sorriu.
_Vamos sim, meu amor. ...Vamos sim.
E assim foram para o jardim.
Lá chegando ele viu o carrinho de mão que quando estava saudável usava para carregar as mudas de plantas para fazer o jardim._Velha. ...Venha cá.
Senta no carrinho que vou levar você para dar uma volta !
Você lembra que gostava de passear de carro comigo?
Então. ..Já que não posso guiar vou levar você de carrinho.
Entre aí!
E ela olhou para ele com esperança já que ele lembrou do seu gosto de passear.
Mas sabia que era passageiro e que logo a sua memória pararia no tempo e no espaço.
_Vou sim, meu velho.
Mas você me aguenta?
_Lógico! Venha!
E assim foi. ....
Ele a levava no carrinho para cima e para baixo no quintal da casa.
Depois de alguns momentos ele parou pois disse que estava cansado .Ela desceu do carrinho de mão pegou em sua mão e caminhou de volta para casa.
Mas antes de entrar ele disse :
_Quem é você?
Eu a conheço?
E ela com os olhos mareados explicou pela centésima vez quem era.
Ele a olhou. ....sorriu. ...e fugiu para o mundo dele.
Mas o amor entre os dois até hoje vive.
