quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Onda de golpes por telefone faz lavrador perder R$ 1 mil com falso sequestro da filha

O delito se deu na manhã de hoje, quarta-feira (18). A vítima ficou desesperada com a possibilidade da filha estar de posse de bandidos armados e depositou a quantia numa conta bancária indicada pelo vagabundo.


A história montada pelos marginais, que em geral estão dentro de presídios, é bastante convincente. Todo encenação do drama -  com direito a gritos pavorosos de socorro - supostamente vivido pela refém, deixa o pai ou a mãe em total desespero, a ponto de não conseguir raciocinar e se sujeitar às exigências do indivíduo que estaria com seu familiar e poderia matá-lo. Contudo, em todos os casos que temos conhecimento o sequestro não passava de um engodo para extorquir dinheiro.

No caso ocorrido em Piedade nesta quarta-feira (18), às 9h37min o pai, que reside num bairro rural do município, recebeu uma ligação de "número restrito" (não identificado) em seu celular. Nela um marginal dizia que estava com a filha dele em cativeiro. O lavrador logo entrou em se desespero, ainda mais ao ouvir a voz de uma jovem, que segundo ele era idêntica à de sua filha, gritando que estava sob a mira de armas, com risco de morrer.

O interlocutor ordenou que o homem não falasse nada para ninguém, senão a moça morreria e exigiu então a quantia de R$ 5 mil do pai da garota. O lavrador disse que não tinha aquela quantia disponível, que poderia pagar R$ 1 mil pelo resgate.

O 'sequestrador' concordou com o valor, passou o número de uma conta da Caixa Econômica Federal (da cidade de Mesquita, do Rio de Janeiro) e que o comprovante do depósito fosse destruído após a operação bancária. O lavrador assim o fez, contudo, passados alguns minutos da efetivação do depósito, em nova ligação o sequestrador exigiu mais R$ 5 mil. Atônito, o pai chamou um táxi com o intuito de pedir dinheiro emprestado a parentes para pagar pelo resgate. 

Ao comentar com o taxista o que estrava se passando, este disse que seria melhor tentar localizar sua filha e assim foi feito. Ambos seguiram para a residência da moça, que lá estava cuidando de seus afazeres. Passado todo pânico, refeito do susto, o lavrador seguiu à Delegacia de Polícia de Piedade onde foi elaborado o boletim de ocorrência de extorsão.

As autoridades policiais orientam para que nestas situações procurem se informar do paradeiro da pessoa que estaria sequestrada ou então procurar a polícia. Em hipótese alguma falar o verdadeiro nome da suposta vítima, ao contrário, dizer chamar o filho ou filha por um outro nome totalmente diferente. Procure compartilhar com alguém o que está acontecendo.