Em dois casos distintos de golpes aplicados por telefone em moradores de Piedade as vítimas perceberam que estavam sendo lesadas, deixaram de atender às exigências dos estelionatários e com isto evitaram maiores prejuízos. As autoridades policiais orientam para que, em hipótese alguma, sejam fornecidas informações pessoais, hábitos do moradores da casa e muito menos números de documentos e dados bancários por telefone, ou pessoalmente, a estranhos ou pessoas que não sejam da mais estrita confiança.
Falso funcionário de banco - A primeira tentativa de golpe se deu no dia 11 de janeiro (quarta-feira), com uma mulher de 26 anos de idade que reside na zona rural de Piedade. Ela recebeu ligação de um homem que dizia ser representante do Banco Santander e pediu que a cliente confirmasse seus dados pessoais. A vítima assim o fez. Em seguida o golpista orientou à mulher para que acessasse o site do banco e efetuasse alguns procedimentos. Ela tentou sem sucesso seguir as orientações. Diante da situação a vítima pediu para o "atendente" ligar mais tarde e entrou em contato com a agência do Santander local, depois com a central de atendimento do banco e soube que o procedimento sugerido pelo falso representante era totalmente irregular.
A mulher verificou seu saldo e constatou, num primeiro momento que estava tudo normal. Porém, passado algum tempo constatou que alguém tinha acessado sua conta e emitido dois TEDs (Transferência Eletrônica Disponível), os quais iriam zerar seu saldo bancário. A cliente entrou novamente em contato com a agência e conseguiu com que fossem cancelados os débitos e bloqueadas suas senhas.
Prêmio por telefone? - No outro caso de estelionato cuja queixa foi registrada nesta terça-feira (17) na Delegacia de Polícia de Piedade, a vítima chegou a perder R$ 60. O homem de 27 anos de idade que reside num bairro periférico recebeu uma ligação de um indivíduo que dizia ser atendente de uma central de telemarketing de São Paulo (?) e que o 'sortudo' pedreiro tinha sido sorteado e iria ganhar R$ 20 mil, mas, que para receber o prêmio precisaria depositar R$ 60 numa conta da Caixa Econômica Federal.
O pedreiro efetuou o depósito, mas, começou a desconfiar que se tratava de pilantragem quando o tal atendente, em nova ligação disse que para ter direito ao suposto prêmio seria preciso efetuar novo depósito de uma quantia maior (o valor não foi informado). Mesmo após dizer que não faria outra transferência o estelionatário ligou diversas vezes para a vítima, que não atendeu mais às ligações.
Pode parecer absurdo,mas, no intuito de fazer com que a vítima destruísse o comprovante de depósito o estelionatário a orientou a lavar o documento com água e sabão para ver se apareceria o valor do tal do prêmio.
Pode parecer absurdo,mas, no intuito de fazer com que a vítima destruísse o comprovante de depósito o estelionatário a orientou a lavar o documento com água e sabão para ver se apareceria o valor do tal do prêmio.
ATENÇÃO - Fica mais uma vez o alerta aos leitores para que fiquem atentos às mais diversas modalidades de golpes aplicados por telefone ou pessoalmente. Em tempos de crise a tendência é que haja um aumento neste tipo de delito, como em outras modalidades criminais. Na última sexta-feira (13), um homem perdeu mais de R$ 1.500 ao ser enganado por um criminoso que se passou por um parente que estava em dificuldades.