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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Estudante da Escola "Carlos Augusto" vence Feira de Ciências". Como prêmio ganha bolsa de estudo e viagem aos EUA


Foto: Adival B. Pinto - Jornal Cruzeiro do Sul
Nem ele próprio imaginava que uma criação caseira, com materiais como forro de guarda-roupa e seringa, fosse escolhida dentre tantas invenções feitas por estudantes de diversas escolas, inclusive particulares, do país todo. Pois o Braço Hidráulico Caseiro Elaborado com Seringas, de Alexsander da Silva Cardoso, aluno do 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual "Professor Carlos Augusto de Camargo", em Piedade, foi o vencedor entre 200 projetos de 74 escolas participantes da Feira de Ciências organizada pela USP de São Carlos, denominada "Despertando vocações científicas e tecnológicas em jovens potencialmente talentosos".

Como prêmio, Alexsander ganhou uma viagem a Washington (EUA) e uma bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para um novo projeto tecnológico. O estudante conta que já está trabalhando no desenvolvimento de um laser que queima objetos, que será divulgado à comunidade escolar em dezembro. 



Entusiasmado com o resultado de um trabalho que começou despretensiosamente em sala de aula, dentro de um projeto interdisciplinar da escola, Alexsander fez uma demonstração do projeto para a reportagem. O braço hidráulico que criou é capaz de pegar um objeto e transferir de um local a outro. "É simples, porém mostra o Princípio de Pascal, um princípio físico que estabelece que a pressão aplicada a um líquido em equilíbrio transmite-se integralmente a todos os seus pontos, e às paredes do recipiente", esclarece. Esse princípio, explica Alexsander, é usado até hoje em máquinas de contenção, guinchos e retroescavadeiras. "Só que ao invés de água, usa-se óleo", diz.


Alexsander ao lado do pai, das professoras e coordenadoras
da Escola Estadual "Carlos Augusto de Camargo"

O braço hidráulico também tem o mesmo princípio usado nas próteses mecânicas. "O mercado tem aperfeiçoado cada vez mais esse método, mas é um aparelho que pode ser usado nas indústrias de produção e também em usina nuclear, por causa do material radioativo", completa.
Alexsander jamais poderia imaginar que seu trabalho iria tão longe. Feito sob orientação da professora de Física, Débora Aparecida Crivelari, o invento chamou a atenção e se não fosse a percepção da professora, a criação não teria ultrapassado os muros escolares. Foi Débora quem incentivou o aluno a inscrever o projeto para a Feira de Ciências da USP.



Assim que chegou em São Carlos, Alexsander, ao ver os trabalhos concorrentes, pensou que não teria chance. "Eram projetos muito bem elaborados, de escolas particulares, de Etecs, Senai, ao contrário do meu, que foi feito com material reciclado e de forma caseira. Mas acho que o meu foi vencedor por causa do princípio que expliquei e também pela criatividade no uso dos materiais", afirma.

Leia a matéria na íntegra. Acesse:http://www.cruzeirodosul.inf.br/acessarmateria.jsf?id=437093

Matéria de Daniela Jacinto