JORNAL BOM DIA PIEDADE

Céu - Xavier - PAFE

GV VEÍCULOS

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Famílias passam por grande constrangimento após Velório ser invadido pela água e fezes de pombas

Salão do velório tomado por água e fezes de pombas
A dor da perda de um ente querido é o pior dos sentimentos que alguém pode experimentar. Mas, o que é muito ruim acaba piorando, quando além da tristeza pela morte de uma pessoa da família, quando o constrangimento causado pelo desrespeito é adicionado a estes momentos. Essas e muitas outras palavras não podem exprimir o que centenas de pessoas estão passando desde ontem no Velório Municipal. 
Na noite deste domingo, 30 de dezembro, três corpos estavam sendo velados quando a água da chuva que caia, misturada a fezes de pomba começaram a invadir o salão principal e as salas onde é realizado o velório dos falecidos.

Parentes dos mortos usam rodos para retirar a água suja
 Parentes e amigos dos mortos tiveram que pegar rodos para tentar tirar a água fétida. No entanto, a situação era tão complicada, nojenta e constrangedora que não foi possível realizar mais os velórios naquele espaço. Porém, no salão que fica abaixo do principal, com acesso pela Rua da Liberdade, vários materiais e até alimentos ocupavam o espaço. Carteiras, móveis, fogão, geladeira, carrinho de churrasquinho e mais uma infinidade de coisas que estão sendo guardadas no local tiveram que ser colocadas num canto, para que houvesse espaço para os corpos serem velados. Mais uma vez o trabalho teve que ser feito pelos familiares e amigos dos falecidos. "Aqui deveria ser um local de respeito e não mais um ponto de descaso" comenta uma pessoa presente no Velório..
A absurda e revoltante situação levou à farmacêutica Juliana de Oliveira, 31 anos, que estava junto sua família velando o corpo de seu tio, Adauto Antonio Nunes, a comparecer à Delegacia de Polícia para registrar queixa do ocorrido. Movida pela indignação Juliana considerou, "o velório não tem condições de uso, é um total desrespeito o que estão fazendo com a gente e com outras pessoas", declarou muito irritada, "é inadmissível que isso venha a acontecer numa hora tão difícil". 
Salão abaixo do principal virou depósito de móveis
e eletrodomésticos
Uma família do bairro dos Ortizes também passou por momentos de enorme constrangimento, decepção e revolta, ao ter que transferir o corpo para a igreja do bairro para que pudesse ser velado. 
Na tarde de hoje, segunda-feira, 31, o salão principal continua interditado e quatro corpos são velados por centenas de pessoas. O resultado é um desconforto impressionante, devido ao calor e ao espaço restrito. A falta de manutenção do prédio nos últimos anos gerou todos estes lastimáveis acontecimentos. Trata-se de mais um desafio que a prefeita Maria Vicentina terá já no início de seu mandato, pois, imediatamente algo terá que ser feito para que não ocorram mais cenas lastimáveis como as que estão sendo vividas no Velório Municipal. 

Forro deteriorado pela umidade