Ontem (05), quarta-feira, cerca de 20 funcionários foram ao Paço Municipal pedir explicações ao prefeito, porém, apenas dois servidores, juntamente com os vereadores Adilson Castanho (PV) e Geraldo Pinto de Camargo Filho (PT), mais a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Piedade, Nidelci Rodrigues, foram recebidos pelos assessores de governo Marcelo Silva Vieira e Marcos Antonio de Paiva Godinho. Na ocasião foi dito que a prefeitura está com déficit de R$ 1 milhão e para fechar o mandato este rombo tem que ser revertido.
Na sessão da última segunda-feira (03) da Câmara Municipal, os vereadores oposicionistas fizeram discursos inflamados contra a medida tomada pelo prefeito. Norton Nakayama (PSDB) disse que "faltou hombridade ao prefeito em não comunicar pessoalmente os funcionários", ao utilizar uma mensagem no holerite do mês de novembro para tal informação (vide matéria através do link http://bomdiapiedade.blogspot.com.br/2012/12/geremias-da-calote-no-ticket-de-natal.html). Já Adilson Castanho (PV) falou que a Câmara havia devolvido R$ 350 mil ao executivo, valor similar ao montante total do pagamento do ticket para os cerca de 1.200 funcionários da prefeitura. Até mesmo o petista Geraldinho Camargo conclamou o Sindicato dos Servidores Municipais para apoiar a causa.
Assembléia Geral em frente ao Paço - O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais enviou comunicado à imprensa dando conta da convocação dos servidores da prefeitura para um ato público a ser realizado em frente ao Paço Municipal às 17 horas de amanhã (07), sexta-feira.
Assembléia dos Funcionários Públicos de Piedade
Devido aos acontecimentos recentes, como o corte no Ticket Natalino, pedimos a
TODOS os funcionários públicos que compareçam ao Paço Municipal no dia
7/12/2012 às 17:00 h para esclarecimento dos fatos e possível resolução dos
problemas.
Contamos com a colaboração de todos, pois um grande número de pessoas presente ajuda, e muito, a pressionar as autoridades para resolver mais rapidamente nossos problemas. Ressalto que qualquer retaliação, ameaças e coisas do gênero por parte de chefes de setor são inconstitucionais, visto que é direito de todos nós lutar pelos nossos direitos.
Vamos a luta!
Direito moralmente adquirido - O benefício instituído ainda na administração do falecido prefeito Rubens Caetano da Silva, Carioca, se dá por meio de Decreto do Prefeito, com isto não há uma obrigatoriedade legal para a sua concessão. O fato é que o ticket adicional de dezembro não chegará até os servidores públicos do município devido a contenção de gastos, justifica o prefeito Geremias Ribeiro PInto (PT). Tal medida seguiria recomendação do Tribunal de Contas do Estado, para que a atual administração não contrarie a Lei de Responsabilidade Fiscal ao deixar um possível saldo negativo nas contas da prefeitura. No entanto, qualquer observador mais atento pode reparar, que o volume e ritmo de obras de manutenção de estradas na zona rural e asfaltamento de ruas na cidade aumentou de maneira absurda. O que mais chamou a atenção foi a contratação de empresa para a locação de máquinas e caminhões a menos de um mês antes do pleito e a colocação de pedras nas estradas rurais. Par se ter uma ideia do exagero na utilização de pedras, em alguns bairros que por muito tempo não recebiam manutenção de suas vias, a quantidade deste material era tanta que até nos quintais das casas foram colocadas pedras sob o chão batido. Tudo isto, e tantas outras coisas, como o aumento do número de carros alugados, o excessivo número de funcionários comissionados - vários demitidos após da derrota do PT - gerou um gasto desproporcional à arrecadação e os reflexos são sentidos no encerramento do ano e do atual mandato.
Falta de planejamento - Os tickets alimentação acabaram por causar severo aumento nos gastos da prefeitura nos últimos anos. Quando Geremias assumiu o mandato em 2009, o valor do benefício mensal era de R$ 150 e gradativamente atingiu R$ 300. Óbvio que a despesa com este item dobrou, impactando ainda mais as combalidas contas da Prefeitura de Piedade, reflexo de uma administração totalmente despreparada. Na ânsia de conquistar a simpatia de seus colaboradores - o que acabou ocorrendo - Geremias e seus assessores não previram (?) tal rombo.
Com tudo isto resta agora aos funcionários públicos municipais protestar e exigir aquilo que era previsto no orçamento de cerca de 1.200 famílias. Por volta de 4.000 pessoas estão sendo prejudicadas e cerca de R$ 360 mil deixam de circular na economia local.