Rafael de Oliveira tem um carro de 1989. O DPVAT, que é o seguro obrigatório, é muito mais caro do que o IPVA ou o licenciamento do veículo. E ainda: Rafael paga o mesmo valor de DPVAT que os clientes da borracharia dele, que têm carros mais novos e mais caros.
“O valor deveria ser bem menor, igual ao IPVA. Conforme o ano, a pessoa paga menos. Então, o seguro deveria ser menor”, ele reclama. É que o seguro obrigatório prevê uma cobertura para as pessoas e não para os veículos. Por isso, tanto faz ser um carrão luxuoso ou um muito simples e barato.
Em 2013, o DPVAT está, em média, 4,5% mais caro em relação a 2012. O de carros de passeio é de R$ 105. O de caminhão ou caminhonete, R$ 110. Já o de micro-ônibus e ônibus particulares, que transportam muita gente, R$ 247. E o de motos, que têm alto índice de acidentes, R$ 292.
A novidade é o parcelamento do DPVAT em até três vezes. Mas a parcela mínima terá que ser de R$ 70. Por causa disso, carros, caminhões e caminhonetes estão fora. A boa nova vale para cerca de 20 milhões de veículos que têm o seguro obrigatório mais caro.
Motos, micro-ônibus e ônibus podem ter o seguro parcelado, desde que não sejam zero quilômetro. As datas de vencimento seguirão as previstas pelos Detrans para o IPVA. E o proprietário deverá pedir o parcelamento.
“A pessoa interessada deverá entrar no site do DPVAT (Clique aqui) e emitir a boleto de parcelamento. Os vencimentos serão de acordo com as placas do IPVA, ou seja, a mesma tabela do IPVA é o vencimento do DPVAT”, orienta Arnot Filho, do Detran-MG.
O DPVAT paga indenização de R$ 13,5 mil em caso de morte ou invalidez permanente e de até R$ 2,7 mil por despesas médicas e hospitalares.
Sebastião Alves Coutinho, que trabalha como motoboy há 15 anos, acha o seguro importante, e gostou do parcelamento: “Eu vou poder tirar parte desse dinheiro pra investir na moto, trocar uma peça, ou um gasto de última hora”.
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