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O homem que dirigia o Gol em que estava a professora Zélia Rodrigues, foi preso logo após o acidente acusado de homicídio doloso e embriaguez ao volante.
(Matéria do Jornal "Cruzeiro do Sul - 15/04/2013) - Zélia morreu afogada dentro do rio Sorocaba depois que o veículo, no qual estava como passageira, saiu da pista na curva, colidiu contra uma placa de trânsito arremessada pelo impacto, percorreu mais cerca de 15 metros pelo mato, caiu na ribanceira e submergiu na água. O acidente ocorreu por volta dos primeiros 30 minutos deste domingo ao lado da ponte existente no quilômetro um da rodovia Sorocaba-Porto Feliz, a Emerenciano Prestes de Barros (SP-79). O Volkswagen Gol branco, placas FGG-9605, de Sorocaba, com o corpo da professora Zélia Rodrigues, de 53 anos, foi encontrado por volta das 13h30 deste domingo por um mergulhador do Corpo de Bombeiros. O homem que dirigia o carro, Emirson de Carvalho Costa, de 38 anos, recebeu voz de prisão sob a acusação de homicídio doloso (com intenção de matar) e embriaguez ao volante, já que ao assoprar o bafômetro registrou-se 0,90 miligrama de álcool por litro de ar expelido.
O sargento da Polícia Militar Rodoviária, Mário Marcos Machado Teotônio, disse que o para-brisa do veículo estava estourado e a vítima com ferimentos no rosto e sem cinto de segurança, levando a crer que ela se chocou contra o vidro. O carro seguia na direção Porto Feliz a Sorocaba e saiu da rodovia antes de chegar à ponte, passando pela defensa existente metros antes. O sargento do Corpo de Bombeiros, Edgar João Dias, disse crer que Emirson Costa chegou a cair com o veículo no rio, já que estava molhado quando foi socorrido e levado com ferimentos leves para o Hospital Regional, antes de ser apresentado no Plantão Policial da Zona Norte.
O bombeiro Dias disse que no início da tarde, quando o Gol foi encontrado e o mergulhador fez a amarração no pneu e começou a puxá-lo, o corpo da vítima foi visto dentro do veículo. Declarou que, em razão das chuvas de sexta-feira e sábado, o nível do rio estava alto, com cerca de seis metros de profundidade e a visibilidade era baixa, já que além do rio ser poluído por esgoto a água estava com a cor característica de lama devido às enxurradas. O carro foi encontrado a cerca de 3,5 metros da superfície e a 12 metros distantes do local de onde caiu. O sargento Dias explicou que enquanto o carro não chega ao solo ele é levado pela correnteza, mas, como os vidros quebraram, logo foi inundado e afundou.
Segundo Dias, logo após o acidente, uma equipe de oito bombeiros fizeram buscas pela mata e com o barco no rio Sorocaba, mas como não tiveram sucesso em encontrar o veículo ou a vítima, por volta das 3h da madrugada, interromperam os trabalhos porque tais buscas não costumam ser feitas no período noturno. Retornaram no início da manhã com outra equipe de oito homens.
Por: Leandro Nogueira e Fernando Guimarães
Jornal Cruzeiro do Sul