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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Audácia e traição - Homem vai à Delegacia dar queixa do furto de moto e acaba preso por tráfico

Drogas apreendidas no flagrante da madrugada de ontem (21)
Foto: Bom Dia Piedade
O feitiço virou contra o feiticeiro. O indivíduo que fugiu do flagrante de tráfico de drogas efetuado pela Polícia Militar, na madrugada desta quinta-feira (21), na Vila Quintino, tentou enganar a Polícia Civil, ao mentir e trair seu comparsa no crime e foi preso no início da noite de ontem após comparecer à Delegacia de Polícia para registrar queixa do furto da motocicleta Yamaha XTZ125, que segundo a polícia, era utilizada para a venda de entorpecentes. 


Uma atitude audaciosa de tentar se desvencilhar de um delito, acabou se revertendo contra o autor da denúncia. Na manhã de ontem (21), o eletricista de automóveis Diogo Lavoratti Caprini, 26 anos, foi à Delegacia de Polícia de Piedade para registrar Boletim de Ocorrência do furto da motocicleta Yamaha XTZ125K preta placa DXM-8914 de propriedade de sua mãe. O eletricista disse que havia estacionado a moto em um local no centro da cidade e após algum tempo teria constatado que o veiculo havia sido furtado. 

A Yamaha que o rapaz dizia ter sido levada tinha sido apreendida horas antes na ação da Polícia Militar na qual o pedreiro Estevan Dias de Moraes foi preso com 155 porções de drogas (maconha, cocaína e crack). Na ocasião dois indivíduos ocupavam a moto, fugiram dos Policiais Militares e um deles entrou numa casa. Estevan foi abordado, revistado e parte das drogas encontradas com ele, o restante localizado no local onde teve início a fuga. Um outro homem, que estava na casa invadida, chegou a ser detido, mas, posteriormente verificou-se que ele não teve nenhuma participação no crime e foi libertado. Na verdade, a Polícia Civil acabou descobrindo que o outro ocupante da motocicleta era Diogo, que já tem passagem policial pela Lei maria da Penha e, portanto era conhecido nos meios policiais.

A constatação teve início durante a narrativa do rapaz, que deve ter imaginado que seu comparsa na venda de drogas, Estevan Dias de Moraes, já teria sido transferido para alguma unidade prisional. Os investigadores Sérgio Sobrinho e Fábio Silva, mais o Escrivão Adriano Ferreira, desconfiaram da demora do eletricista em dar queixa do furto e passaram a questioná-lo sobre a veracidade de suas afirmações. Neste meio tempo Estevan, que ainda estava na cela da Delegacia na qual as pessoas presas aguardam transferência, ficou indignado ao saber que seu "parceiro" tentava se livrar da encrenca e lhe imputar a autoria do furto da moto, uma vez que ele não havia revelado quem era o outro homem que estava na Yamaha.

Diante da acusação falsa de Diogo, Estevan acabou entregando-o, dizendo que era ele quem havia conseguido escapar do cerco da Polícia Militar e que também agia no tráfico na ocasião.

Estevan negava a acusação, contudo, após mais alguns elementos que comprovavam sua participação do crime serem esclarecidos pela Polícia Civil, o eletricista não teve como se safar do indiciamento por tráfico e associação ao tráfico de entorpecentes. Com a confissão de Diogo Lavoratti Caprini, o Delegado Dr. José Chaves de Mello solicitou a prisão temporária do rapaz e às 19 horas a autoridade judicial acatou o pedido do Delegado de Polícia, determinando o encarceramento do eletricista, que posteriormente foi transferido para a Cadeia de São Roque.