Uma história que já começou de maneira um tanto fora do comum. O furto de uma motocicleta Honda CG-125 Titan ES 2002 prata, a qual o funcionário de um agricultor pegou emprestada de seu patrão e após utilizá-lo, voltava para devolvê-la, quando acabou a gasolina, numa vicinal do bairro Sarapuí dos Soares. O empregado deixou a moto no local, foi buscar o combustível e só voltou três horas e meia depois, porém, o veículo não estava mais lá, havia sido furtado. O fato se deu na manhã do último dia 04 de setembro. Ontem (22), o proprietário da moto soube que a moto estaria no bairro do Cáfaro, acionou a Polícia Militar e conseguiu reavê-la. A pessoa que a adquiriu disse ter comprado pensando ser uma moto de leilão e quem vendeu, um adolescente de 16 anos de idade, disse que "achou" o veículo num matagal, suprimiu a numeração do chassi e do motor e vendeu por R$ 500.
A solução do caso se deu após o agricultor de 52 anos de idade, residente no bairro Caetezal de Cima, descobrir, através de uma pessoa conhecida por ele, que sua motocicleta Honda CG-125 2002 prata, placa DEK-3694, furtada no início do mês, estava com um comerciante de 21 anos de idade, que mora no bairro do Cáfaro.
A vítima acionou a Polícia Militar no final da tarde desta segunda-feira (22). Por volta das 17h30min o Cabo Wagner e o Soldado Lara, acompanhados do agricultor, foram à casa do comerciante C.V.J., no Cáfaro, onde a informação recebida pela vítima foi confirmada. C.V.J. disse ter sido enganado, pois, segundo ele, o menor A.R.S., 16 anos, afirmou que a Honda estava com a numeração do chassi e do motor pinadas (raspadas) porque o veículo havia sido adquirido em um leilão e pagou R$ 500 parcelados para ficar com o veículo "cabritado". (A comercialização de motos de leilão é prática bastante comum, principalmente na zona rural).
Na sequência os Policiais Militares, o legítimo proprietário e o comprador da CG-125, seguiram até a Vila Moraes, onde reside o adolescente que vendeu o veículo. A.R.S. disse ter "encontrado a moto num matagal", a levou para casa, raspou a numeração do motor e do chassi e a vendeu ao comerciante por R$ 500.
Obtida a confissão do menor, todos seguiram para a Delegacia de Polícia de Piedade, onde por determinação do Delegado Dr. Gilberto Montenegro Costa Filho, C.V.J. foi indiciado por receptação culposa, pois, não saberia que a moto tinha sido furtada, enquanto A.R.S. foi citado em Ato Infracional como autor do furto, da adulteração e venda do veículo. Após as providências de praxe, o menor infrator foi entregue à responsabilidade de seu pai e o receptador liberado para responder ao processo em liberdade. A motocicleta apreendida foi liberada para o agricultor. Todas as partes envolvidas - inclusive o funcionário que emprestou a Honda do patrão - deverão ser ouvidos para que fique esclarecido como se deu toda esta história, que, aparentemente parece mal contada.