Ao abrir seu salão, incrédulo o profissional se deparou com uma enorme bagunça dentro do imóvel. Passado o primeiro impacto, se deu conta de que haviam sido furtados 30 frascos de esmalte, quatro tesouras, produtos para os cabelos, dois barbeadores e dois secadores/alisadores de cabelos.
A vítima buscou nos estabelecimento vizinhos, imagens de sistemas de segurança que pudessem esclarecer o crime e foi por meio das gravações das câmeras de um posto de combustíveis que ele viu o momento do furto.
A gravação mostrava que o delito se deu à 0h40min. Dois homens e uma mulher apareciam nas imagens: um deles arromba a janela do imóvel, entra entrega os objetos para a mulher que está do lado de fora, enquanto o terceiro meliante vigia as ruas adjacentes.
Os marginais foram reconhecidos pela vítima, que acionou a Polícia Militar para prestar queixa do ocorrido. Rondas passaram a ser feitas. O cabeleireiro por sua vez também procurou pelos ladrões, até que às 14h50min ele se deparou com dois dos suspeitos, em frente a uma casa na Avenida Tancredo Neves (trecho final da marginal dos Cotianos).
Os larápios carregavam bolsas e ao verem a vítima largaram tudo e correram. Dentro das bolsas estavam os equipamentos, produtos furtados do salão e documentos da mulher que havia participado do delito. A Polícia Militar foi comunicada da localização dos objetos e da fuga dos indivíduos.
Os larápios carregavam bolsas e ao verem a vítima largaram tudo e correram. Dentro das bolsas estavam os equipamentos, produtos furtados do salão e documentos da mulher que havia participado do delito. A Polícia Militar foi comunicada da localização dos objetos e da fuga dos indivíduos.
O morador daquela casa onde os suspeitos estariam disse ao Cabo Amendola e ao Soldado Gomes que às 6 horas da manhã os meliantes pediram para guardar as bolsas em sua residência e ele deixou, mas, que desconhecia a procedência ilícita daquilo.
Os PMs passaram a procurar pelo trio que praticou o furto. Por volta das 17h30min, os policiais viram o desocupado R.P., 29 anos e a desempregada J.S.O, 28 anos, caminhando pela rua Francisco Antonio Corrêa, no Parque da Torre. Os dois estavam claramente sob efeito de entorpecentes e foram detidos.
R.P., que possui antecedentes de tráfico, porte de drogas e furtos, assumiu a autoria do furto, juntamente com a mulher que o acompanhava. O terceiro ladrão não foi localizado.
Com o casal preso, os PMs seguiram para a Delegacia de Polícia de Piedade, onde os dois foram indiciados por furto duplamente qualificado, no entanto, o Delegado Oscar Garcia Machado Júnior cumpriu o determinado pela legislação criminal e teve que soltar os dois larápios após o registro dos fatos.
Em sue despacho o delegado, segue a lei e relata que o crime ocorreu muitas horas antes da captura dos suspeitos e que estes não estavam com os objetos furtados no momento da prisão. A autoridade policial observou ainda que "não se pode concluir que houve perseguição (após a constatação do crime), nem logo depois", portanto, mesmo que um dos acusados possua vasto histórico de furtos, não havia embasamento legal para mantê-lo preso, assim como a mulher que o acompanhava.
Com isto, os larápios foram soltos e respondem ao processo em liberdade. O comparsa que não foi localizado - um morador de rua de 23 anos - também foi indiciado e o homem que guardou as bolsas foi citado como investigado no inquérito aberto pela Polícia Civil.