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segunda-feira, 20 de abril de 2020

São João mantém dois horários de ônibus entre Piedade e Sorocaba

Um dia após anunciar a suspensão de suas atividades, a em presa de ônibus São João anunciou que manterá alguns horários entre as cidades de Piedade, Votorantim, Sorocaba e Salto de Pirapora.

De acordo com matéria publicada neste domingo (19) no site Jornal Cruzeiro do Sul (clique aqui para ler), a linha entre Piedade e Sorocaba terá dois horários partindo de cada cidade. De Piedade com destino a Sorocaba os ônibus sairão às 6 horas e às 17h30min. De Sorocaba para Piedade partem às 7h30min e às 18h30min.
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A empresa não fez qualquer menção à linha com destino a Tapiraí. No sábado foi divulgada uma nota do Grupo São João, na qual a empresa dizia anunciava a suspensão de suas atividades. Leia na íntegra abaixo:

NOTA À IMPRENSA – PARALISAÇÃO DO TRANSPORTE

"Devido à intransigência do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região em não aceitar o acordo proposta por meio da Medida Provisória 936/20, de autoria do Governo Federal – alegam perda aos trabalhadores, se é que pode ser considerada uma perda, já que o salário por hora trabalhada será superior ao que ganham atualmente –, o Grupo São João não tem mais como manter o transporte público urbano em Votorantim, São Miguel Arcanjo e Salto de Pirapora, bem como as linhas metropolitanas que ligam Votorantim/Sorocaba, Porto Feliz/Sorocaba, Boituva/Sorocaba, Piedade/Sorocaba, São Miguel Arcanjo/Sorocaba, Araçoiaba da Serra/Sorocaba, Salto de Pirapora/Sorocaba, Piedade/Tapiraí e Pilar do Sul/Piedade.

Classificamos como absurdo este posicionamento radical do sindicato em um momento em que a economia mundial enfrenta uma grave crise causada pela pandemia de coronavírus (Covid-19). Como os nossos colaboradores não podem ser incluídos na MP 936/20, já que o sindicato da categoria recusa, não temos condições de arcar com toda a mão de obra parada, tendo em vista que não há receita para isso.

Nossa receita nos transportes regulares – linhas urbanas e metropolitanas – está em torno de 10% (dez por cento) da receita normal. Hoje não dá para pagar nem o diesel que utilizamos nos veículos e muito menos as demais despesas, especialmente a mão de obra – motoristas, cobradores, agentes de bordo, equipe de manutenção, limpeza e administrativo pessoal – que representa o maior custo disparado do sistema de transporte. Além disso, há as despesas com fornecedores em geral, bancos, prestadores de serviços, entre outros.

Infelizmente a administração pública estadual e municipal, apesar de estarem cientes das nossas dificuldades e acompanharem todo este processo, até o momento não se manifestaram no sentido de colaborar ou ao menos tentar amenizar a situação.

A empresa chegou ou já passou dos limites das suas condições para se manter ativa. Ou seja, não bastassem os vários desafios que já tínhamos, agora enfrentamos a pandemia de coronavírus.

Para finalizar, o sindicato que representa a categoria, ao invés de dar as mãos para nos ajudar a superar este momento crítico e a manter os empregos, parece querer acabar de vez com a empresa ao adotar uma postura totalmente insensível e intransigente.

Lamentamos por tudo e por todos. Estamos à beira de um colapso. Temos vivido um pesadelo esses dias. No caso do Grupo São João, são 56 anos que estão indo para o túmulo junto com mais de 970 famílias – empregados diretos – que vivem e fazem a nossa empresa ser o que é."