O setor de diversos registrou altas expressivas nos preços ao longo do ano. O único setor que fechou o ano em baixa foi o de verduras. No comparativo janeiro x dezembro, foram destaques:
Principais altas
Frutas - banana nanica (84,7%), maçã estrangeira red delicious (59,4%), ameixa estrangeira chilena (58,5%), laranja lima (56,3%) e kiwi estrangeiro (54,6%).
Legumes: abóbora seca (73,4%), batata-doce rosada (56,2%), abóbora japonesa (51,4%), mandioca (40,3%) e beterraba (39,3%).
Verduras: acelga (31,1%), beterraba com folhas (31,0%), escarola (28,9%), milho verde (26,0%) e repolho (24,3%).
Diversos: milho de pipoca estrangeiro (109,2%), batata asterix (86,0%), alho estrangeiro argentino (73,1%), batata lavada (66,7%) e cebola (52,0%).
Pescados: cavalinha (92,5%), pintado cativeiro (47,9%), tilápia (39,7%), sardinha congelada (34,1%) e cascote (31,2%).
Principais quedas
Frutas: caqui fuyu (-59,5%), manga tommy atkins (-22,2%), manga palmer (-16,9%), coco verde (-13,4%) e figo (-11,8%).
Legumes: cará (-42,2%), pepino japonês (-28,9%), berinjela japonesa (-24,2%), chuchu (-23,3%) e pepino caipira (-19,0%).
Verduras: alho-porro (-50,9%), brócolos ramoso (-26,9%), rúcula (-23,0%), almeirão pão de açúcar (-17,1%) e rabanete (-13,0%).
Diversos: alho (-8,0%).
Pescados: salmão (-22,6%), polvo (-16,7%), badejo (-14,6%) e cação congelado (-8,6%).
Tendência do Índice
Com a atipicidade do ano de 2020 foi atípico causada pela pandemia de Covid-19 e suas consequências, o setor de hortifrutigranjeiro passou por momentos muito difíceis, mas realizou um grande esforço para manter a produção e distribuição de alimentos frescos, apesar da menor demanda no início da pandemia.
Houve algumas perdas de produção, que explica um pouco a alta dos preços, com um mercado diferente, conturbado pela produção mais inconstante por conta do clima e também pela demanda irregular, resultando em preços mais altos a partir de meados do ano.
Quando o comércio, os bares e restaurantes começaram a reabrir, aos poucos, a demanda foi se aquecendo lentamente, mas não atingiu os níveis de 2019. Com menor demanda, com o clima muitas vezes desfavorável, os preços dos mais de 150 produtos acompanhados pelo índice CEAGESP encerraram o ano em forte alta de 15,94%.
Neste primeiro trimestre, sendo o período de maior incidência de chuvas do ano e com as altas temperaturas, o clima pode provocar condições muito prejudiciais para a produção agrícola, principalmente as culturas mais sensíveis, como as verduras e legumes.
Estes produtos devem apresentar problemas de qualidade e menor volume ofertado no início do ano. O setor de diversos, por ter acumulada forte alta nos últimos 3 meses poderá apresentar queda ou estabilidade nos preços. A maioria das frutas poderão registrar boa oferta e preços reduzidos em relação ao ano passado.
Resultados de Dezembro - O índice CEAGESP registrou leve alta de 0,01% no mês. O setor que apresentou maior alta foi o de diversos, com 7,17% de aumento. O setor de legumes foi o único com queda: -5,84%.
Fonte: ceagesp.org.br