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segunda-feira, 22 de março de 2021

Santa Casa se manifesta a respeito da falta de sedativo para intubação e oxigênio

Foto ilustrativa
O hospital local tem uma usina que supre parte do oxigênio necessário e a empresa WS Gases (Airbiox) garante o fornecimento do restante do que é utilizado pelos pacientes internados na unidade. Sobre a medicação para pacientes intubados, apuramos que um médico, que não atua no hospital, cedeu ampolas para suprir a falta de medicamentos.

No último final de semana a comunidade piedadense foi surpreendida por boatos de que havia falta de oxigênio na Santa Casa de Misericórdia da cidade. 

Outro assunto que chegou ao conhecimento da redação do Bom Dia Piedade, foi de que estariam em falta sedativos utilizados em pacientes intubados na UTI da Santa Casa, medicação imprescindível para a manutenção da vida destas pessoas.

Quanto à questão do oxigênio, tais informações foram prontamente rebatidas pela direção da entidade, no caso o único hospital de Piedade, e também pelo empresário Wellington Pino, da empresa WS Gases, os quais garantem que não faltou oxigênio e, apesar da carência do produto, o suprimento está temporariamente garantido.

Em nota publicada nesta segunda-feira (22), a Santa Casa de Misericórdia de Piedade esclarece:

"De fato, tem existido dificuldade na aquisição de determinados medicamentos – uma triste realidade vivenciada por vários municípios do Brasil. Ainda assim, temos tomado medidas para que esse cenário não venha a prejudicar os munícipes que, por ventura, precisem da intubação. Os insumos que vieram a esgotar têm sido substituídos por similares disponíveis no Mercado.

Na Santa Casa de Piedade as intubações têm sido realizadas por meio das mencionadas substituições, sem que haja demanda de pacientes em espera.

Todas as medicações utilizadas na Entidade são adquiridas por meio de recursos próprios e convênios celebrados com o Poder Público.

Hoje, usamos mais de 700 ampolas de medicamentos, por dia, para finalidade de intubação. Esse número, por enquanto, tem suprido a demanda. Contudo, com o aumento dos casos será necessário aumentar o volume de aquisições – iniciativa para a qual já estamos devidamente preparados.  

GESTANTE – A respeito da gestante mencionada no questionamento, esclarecemos que a paciente encontra-se sob os cuidados da Santa Casa desde 15 de março. Ela permanece intubada e não houve falta de medicação para a realização do procedimento.

OXIGÊNIO – Hoje, a Entidade produz 12m³/hora de O², por meio de usina própria. O consumo registrado, todavia, é de 30m³/hora. O valor que excede a produção própria é suprido pela empresa Airbiox.

Por ora, a demanda da Santa Casa tem sido devidamente suprida. Porém, em todo o país, a situação referente aos insumos causa preocupação nestes tempos de pandemia. Além da inevitável alta nos preços, já é percebida a falta de materiais, medicamentos e equipamentos.

Desta forma, é fundamental que a população também faça sua parte e tome medidas preventivas para evitar a disseminação do vírus."

Sedação de pacientes em UTI

Já em relação à falta de bloqueador muscular e anestésico para pacientes intubados nos leitos de UTI da Santa Casa local, a entidade também nega que haja carência de tais medicações.

No entanto, informações obtidas pela redação do Bom Dia Piedade, dão conta que o nobre gesto do cidadão Dr. João José Nassif Ferreira, ao ceder 6 ampolas do bloqueador muscular Atracúrio e 4 ampolas do anestésico Propofol, ajudou a salvar a vidas no hospital local.

Nassif relatou à nossa reportagem que as 10 ampolas - suficientes para suprir a demanda de dois dias - eram todo estoque que possuía em sua clínica e, infelizmente, devido à carência do produto no mercado, ele não conseguiu repor a medicação.

O cirurgião-plástico disse também que emprestou um respirador e duas bombas de infusão para a Santa Casa, "são equipamentos de UTI. Um leito a mais de UTI", esclarece o médico. 

Portanto, se a questão do oxigênio não é tão preocupante, a falta de medicação para sedação de pacientes sob tratamento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), gera apreensão uma vez que há carência no mercado brasileiro.

A respeito disto o a Agência Brasil publicou hoje matéria a respeito do problema em território nacional.

Segundo o órgão de imprensa, o Governo Federal tem atuado no sentido de suprir a demanda de tais produtos (clique aqui e acesse matéria sobre o tema).