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sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Redução na oferta das alfaces em São Paulo eleva os preços

A primeira quinzena de julho foi marcada por queda no volume de alfaces, tanto pela menor área plantada quanto pelo clima frio, que atrasou o desenvolvimento das plantas, causando janelas na disponibilidade de produtos.

Já na segunda metade do mês, a ocorrência de geadas causou perdas severas nas lavouras paulistas de Ibiúna e Mogi das Cruzes. 

Estes cenários, portanto, refletiram em redução expressiva na oferta da folhosa e elevaram os preços – embora a fluidez tenha continuado limitada, impedindo maiores valorizações, visto que as baixas temperaturas também reduziram o consumo.

Desta forma, diante dos problemas produtivos, a cotação esteve maior em comparação com junho. Em Mogi das Cruzes, a crespa teve alta de 9,8%, à média de R$ 0,71/unidade, e a variedade americana, que foi a mais prejudicada pelo atraso no ciclo, apresentou acréscimo de 8,5%, a R$ 1,23/unidade.

Já em Ibiúna, na mesma comparação, houve significativo aumento de 44,8% no valor da crespa (R$ 0,53/unidade ao fim do mês), enquanto a americana finalizou a R$ 1,09/unidade (+29,2%).

Para evitar mais prejuízos, por conta das recentes geadas, produtores das regiões paulistas atrasaram as atividades de plantio. Além disso, segundo informações da Climatempo, agosto deve apresentar mais três frentes frias, cenário que pode continuar afetando a oferta de mercadorias ao longo do mês.

Ainda, com flexibilizações previstas nas medidas de restrição social, como a volta às aulas, a demanda por folhosas pode se aquecer. Portanto, este mês pode registrar novo aumento nos preços das variedades, sendo um comportamento atípico para o período de inverno.

Fonte: hfbrasil.org.br