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quarta-feira, 16 de março de 2022

Com oferta escassa, preço da cenoura não para de subir

Na semana passada (07 a 11 de março), a cenoura registrou nova valorização em São Gotardo, município mineiro que responde pela maior produção da raiz no Brasil.

A caixa de 29 kg de cenoura “suja” foi comercializada a R$ 140,00, variação positiva de 17,90% frente à anterior. 

As cotações estão em patamares elevados desde janeiro, mas nesta semana atingiram o maior valor real da série histórica do Hortifruti/Cepea, desde 2008, quebrando novamente o recorde, que já tinha sido alcançado na semana passada. 

Este constante aumento continua sendo justificado pela baixa oferta na região e em todo o País, frente às condições climáticas desfavoráveis.

As chuvas continuam influenciando negativamente nas plantações, causando problemas como nematoides e mela. Mesmo com qualidade inferior, as raízes são comercializadas, já que não há disponibilidade de raízes com melhores padrões.

Alguns produtores estão plantando a variedade de inverno antes do tempo (normalmente é plantada em abril), na tentativa de atenuar os problemas com nematoides, com a justificativa de que as variedades de inverno são mais tolerantes.

Mesmo com os preços altos, alguns produtores devem deixar de plantar cenoura, migrando para o alho, porém a maioria pretende não apenas permanecer com a cultura da cenoura, mas aumentar as áreas de plantio, motivados pelo alto patamar de preços.

Para as próximas semanas, os preços devem se sustentar ou, até mesmo, subirem mais, caso as previsões de chuva se confirmem, pois pode dificultar a colheita. 

Fonte: hfbrasil.org.br