Estelionatários se passam por funcionários de bancos e convencem clientes a entregarem o cartão com senhas a um motociclista que se passa por motoboy.
Segundo as queixas registradas na Delegacia de Polícia de Piedade (SP), os casos se deram na sexta-feira (4) e na segunda-feira (7), porém, o mesmo motoqueiro teria ido buscar os cartões bancários nas casas das vítimas. (Clique aqui e confira orientações da Caixa Econômica Federal a respeito destes golpes)
Na primeira situação, a vítima relata ter recebido uma mensagem de uma desconhecida em seu WhatsApp, na qual alguém teria depositado R$ 27.166 por engano em sua conta. A mulher disse que não queria aquele dinheiro, que não lhe pertencia.
Novas mensagens foram trocadas e a vítima foi convencida a quebrar seu cartão bancário, sob o pretexto que assim o mesmo não poderia mais ser usado e entregá-lo, junto com uma declaração - cujo texto foi repassado pela golpista - e entregar tudo para um motoboy que em pouco tempo chegaria em sua casa.
A mulher assim o fez, o motoboy se identificou como funcionário do banco, pegou um envelope com o cartão, com a declaração e foi embora. No dia seguinte a vítima constatou que haviam sido feitos saques e transferências no total de R$ 11.999,00 de sua conta.
No outro caso, nesta segunda-feira (7), uma outra mulher recebe um telefonema de um desconhecido que se identifica como funcionário do banco que ela mantém conta.
Sob a alegação de que alguém estaria efetuando saques irregulares em sua conta bancária, o falso funcionário fez as mesmas orientações à vítima e pouco tempo depois o motoboy pegou o cartão, senha e a declaração na casa dela.
Posteriormente a vítima constatou havia sete saques e transferências, cujos valores totalizam a quantia de R$ 26.999,00.
As transações são possíveis porque, apesar de estar do cartão ter sido quebrado, há um código de segurança que consta no mesmo e, junto com a senha os estelionatários efetuam os saques e transferências.
Os crimes seguem sob apuração por parte da Polícia Civil. As vítimas deverão entrar com processos contra as instituições financeiras (bancos) para tentar reaver seus valores. Em vários casos os bancos foram obrigados a devolver o dinheiro sacado irregularmente.