Pézão diz que foi preso ao sair do mato para comprar cigarro com dinheiro de macumba

Preso no início da tarde de hoje, Elivelton Santos Furtado, 22 anos, confessou ter matado a menina Heloá e disse ainda que ficou escondido na mata por 56 dias, desde o dia em que o corpo da vítima foi encontrado. O criminoso contou que só saiu do mato porque encontrou dinheiro numa macumba, decidiu comprar cigarros e foi preso quando caminhava na estrada. 

Elivelton Pézão foi preso por volta das 12h20min desta sexta-feira (14), pelo Cabo Fischer e pelo Soldado Matheus, no bairro Quaresmal, Tapiraí, levado à Delegacia da cidade e depois trazido pela Polícia Civil para Piedade.

Numa rápida entrevista concedida à imprensa, no início da noite, o Delegado Oscar Garcia Machado Júnior, revelou que ao depor Elivelton assumiu a autoria do homicídio. A autoridade policial descarta a participação de outra pessoa no crime.

À polícia o rapaz disse que no fatídico dia 19 de dezembro ele chegou em sua casa bastante drogado, pois, teria passado a noite fumando crack - após ter consumido 30 pedras de crack, droga que diz ter achado no mato.

Depois que a droga acabou, sua intenção inicial era furtar a casa do vizinho, pensando que haveria algum dinheiro lá. Pela manhã, Pézão esperou o pai da vítima sair, foi até à casa ao lado e a menina teria acordado. Nisto ele aplicou um "mata-leão", sufocou a garotinha, que desmaiou, e a levou para sua casa. Naquele momento não haveria ninguém na moradia.

O indivíduo afirmou que em seu quarto, tentou estupra-la, mas, não conseguiu. Foi quando a menina acordou, e ele a esfaqueou. Pézão relatou que enrolou Heloá nas cobertas que estavam em sua cama, e a levou para a fossa, entre a as duas residências, local onde o corpo foi encontrado, no dia seguinte do desaparecimento.
O laudo pericial do Instituto Médico Legal, divulgado há duas semanas, foi inconclusivo para o estupro. De acordo com o delegado, Pézão disse que nenhuma outra pessoa teria participado do crime e tampouco contou com a ajuda de alguém nos quase dois meses em que esteve foragido

No período em que esteve foragido, Pézão diz ter ficado escondido na mata, num barraca onde preparava sua comida e que não teve ajuda de ninguém. Se alimentava de frutas e alimentos que furtava em chácaras usadas esporadicamente.  Alguns destes imóveis também teriam servido de abrigo temporário para o fugitivo.

Apesar de jovem, Pézão conhecia muito bem a região e ficava vagando nas áreas de preservação ambiental nas proximidades das divisas dos municípios de Piedade, Pilar do Sul e Tapiraí.

Elivelton Santos Furtado foi indiciado por estupro, homicídio qualificado, pela crueldade do ato, ocultação de cadáver , crimes pelos quais podem render pena de mais de 45 anos de reclusão. Depois de passar por exames na Santa Casa de Piedade, o réu foi levado pela Polícia Civil para uma unidade prisional da região.

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O desaparecimento
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Corpo é encontrado
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A abominável crueldade
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Autor identificado e procurado
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Quase dois meses de buscas
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A prisão
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