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domingo, 27 de junho de 2021

Queda de balões em redes elétricas deixa mais de 10 mil pessoas sem energia

A estúpida brincadeira pode causar incêndios florestais, acidentes com aeronaves, além do transtorno e prejuízo gerados pela atividade ilícita. (Atualizada às 13h34min de 27/06/2021).

De acordo com informações obtidas junto ao Comandante Santos, da Guarda Civil Municipal (GCM) de Piedade (SP), dois balões caíram na linha de alta tensão que leva energia a dezenas de localidades rurais piedadenses, na manhã deste domingo (27). Mais tarde foi localizado um terceiro balão preso nos cabos, em outro ponto da rede.

Balão retirado da rede de
energia
Segundo um representante da Elektro, concessionária de energia da região, dão conta de que por volta de 4.500 clientes ficaram sem energia por algumas horas neste domingo.

Milhares de moradias, agricultores, estabelecimentos comerciais e empresas foram prejudicadas com os danos causados pelos baloeiros. 

Os incidentes causaram a interrupção no fornecimento de energia elétrica nas redes que abastecem desde parte dos Bairros da Liberdade, Pintos, Vila Moraes, até a Vila Élvio e o Bairro do Reducino, junto à SP-79 entre Piedade e Tapiraí. 

Localidades como Sarapuí de Cima, Sarapuí dos Torres, Batata Doce, Oliveiras, Furnas, Miguel Russo, Carneiros, dentre outras também ficaram sem energia.

Um bando de baloeiros seguiu o trajeto dos artefatos, na tentativa de recuperar ao menos em parte a estrutura dos balões. Apesar do empenho da GCM ninguém foi detido.

Técnicos da Elektro atuam no restabelecimento da transmissão de eletricidade para os locais atingidos.

Soltar ou confeccionar balões - A Lei de Crimes Ambientais (lei federal nº 9.605/98) prevê detenção de um a três anos e/ou multa), para a prática. 

A Força Aérea Brasileira classifica assim a atividade: 

CRIME - Uma pequena palavra para definir a grande irresponsabilidade de uma prática registrada em todo o País: a soltura de balões. O ato é pernicioso, pois coloca em risco as aeronaves, dificultando ou até inviabilizando a navegação aérea. Por isso, é considerado crime conforme estabelecido no art. 261 do Código Penal. Além disso, a atividade se enquadra como crime ambiental, de acordo com o art. 42 da Lei 9.605/98, porque pode ocasionar incêndios em áreas florestais e urbanas.

Mas, a despeito de todos esses problemas, muitas pessoas ainda continuam insistindo nesse tipo de ação. De acordo com dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), no ano de 2016 foram reportados 510 avistamentos de balões na rota de aeronaves, sendo o estado de São Paulo o campeão com 307, seguido do Rio de janeiro, com 117 casos, e Paraná, com 54 notificações. De acordo com a pesquisa, em 2016 o maior número de ocorrências, no total de 103, se deu no aeródromo de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.