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terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Volume útil da Represa de Itupararanga atinge quase 60%

Foto: Vagner Fidelis (Arquivo)
O índice está bem acima do volume registrado em 6 de dezembro do ano passado, quando estava em 39,7%, quase 20% abaixo do registrado nesta terça-feira (17).

Hoje, o volume útil da repesa de Itupararanga chegou a praticamente 60% de sua capacidade (59,54%) e nível de 822,59 metros acima do nível do mar. O índice representa um aumento de 10,7 pontos percentuais em relação ao último dia 5 de janeiro, quando o reservatório estava com 48,84% de sua capacidade.

O reservatório de Itupararanga abastece oito municípios da região. Em outubro de 2021 o nível da represa chegou aos críticos 22% de sua capacidade

A CBA (Companhia Brasileira de Alumínio) iniciou nova operação aumentando a vazão defluente, medida que visa preservar o nível de água armazenada, segundo a empresa

As informações foram prestadas pela CBA), empresa responsável pela gestão da represa de Itupararanga, na apresentação de uma nova proposta de operação do reservatório, ao Grupo de Trabalho de Crise Hídrica (GT-CH).

Segundo a empresa, a principal diferença da nova proposta é o estabelecimento de patamares que determinam as vazões defluentes que devem ser praticadas no reservatório, baseadas em seu próprio nível e na afluência natural. Com a nova regra, a vazão defluente atual da represa para o Rio Sorocaba passou de 2,5 m³/s para 4 m³/s.

Conforme a CBA, a nova regra visa melhorar a forma de operação da represa de Itupararanga, que é focada em usos múltiplos, tais como o fornecimento de água para a comunidade e a produção de energia elétrica. A nova medida foi apresentada durante reunião ocorrida no último dia 9 de janeiro entre representantes da CBA e membros do GT-CH.

Ainda conforme a CBA, a medida é uma iniciativa que atendeu a uma deliberação do Comitê de Bacia Hidrográfica Sorocaba e Médio Tietê (CBH-SMT), do qual o GT-CH faz parte, no sentido de preservar o nível de água armazenado no reservatório e ainda o controle de cheias.

A proposta é baseada em cotas proporcionais. Conforme aumenta o volume do reservatório, pode ser aumentada a sua vazão defluente. Assim, a vazão máxima de saída somente poderá ser equivalente à vazão máxima de entrada. A regra operativa é dividida em 6 steps, que compreendem desde a cota equivalente ao volume morto (813,5 m) até a cota de vertimento (823,50 m)”, explica o professor André Cordeiro Alves dos Santos vice-presidente do CBH-SMT e coordenador da Câmara Técnica de Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos.

O coordenador afirma no entanto, que os resultados da aplicação da nova regra precisam ser analisados, sobretudo, no período da estiagem, ou seja, quando chove menos, para avaliar se a nova medida é capaz de evitar que o volume útil do reservatório comece a baixar. A medida também depende de aprovação do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee).

Representantes da CBA e do GT-CH voltarão a se reunir no próximo dia 23 deste mês, onde os primeiros resultados da nova regra serão debatidos.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul (clique e confira a matéria completa)